quarta-feira, 27 de maio de 2009

O Globo lança blog sobre drogas


Em países mais avançados, falar sobre a questão das drogas sem partir para a ignorância ou ver demônios é normal. O tema consegue ser tratado em tons diferentes do preto e do branco. 

Por exemplo, quando se fala de usuários, os retratos são bem mais realistas e diversos do que o triplo chavão junkie/perdedor/bandido. 

(Um bom exemplo é este 
obituário sobre o pai do LSD, Albert Hoffman, que descreve uma de suas experiências lisérgicas como "maravilhosa, com imagens 'abrindo e fechando em círculos e espirais, explodindo em fontes coloridas'". Saiu na The Economist, umas das revistas de economia e negócios mais respeitadas do mundo. Não dá pra imaginar algo assim saindo naExame).

Aqui, na terra do 
Cidade Alerta e do blog do Reinaldo Azevedo, onde até bebedouro em balada rende polêmica, ainda falta muito pra chegar nisso.

MUITA INFORMAÇÃO

Semana retrasada, foi dado um enorme passo numa direção mais inteligente. O site do jornalO Globo, isso mesmo d' O Globo, lançou um blog sobre drogas onde o assunto é abordado de forma madura e sensata. Tem uma dose sadia de opinião, mas o que dá autoridade mesmo para a empreitada são quantidades maciças de informação.

O ÚLTIMO TABU

Um dos primeiros posts do blog Sobre Drogas, intitulado "O último tabu", abre com a frase: "As drogas existem desde que o mundo é mundo." Depois vem um resumo da proposta do blog:

"A discussão franca sobre o problema das drogas talvez seja, hoje, o último grande tabu da nossa sociedade. Este blog, se não tem nem de longe a pretensão de derrubá-lo, espera pelo menos ajudar a encará-lo. Quer jogar uma luz sobre possíveis soluções, e ajudar a distinguir fato e preconceito. E quer, principalmente, agregar a seu redor a comunidade interessada em enriquecer a discussão sobre o assunto."

"Uma comunidade que, dentro e fora da internet, poderá contribuir - aí sim, com muito mais eficiência - para o princípio de um processo de modernização das políticas públicas sobre o tema."


PESQUISA

Enquanto isso, no dia 2/11, a versão impressa d' O Globo publicou uma extensa pesquisa sobre consumo de drogas na noite do Rio. Alguns dos resultados: 35% dos entrevistados na noite admitiu que já usou algum tipo de droga; 44% dos pais sabem; 71% dos usuários compra com facilidade; 73.3% tem rendimento familiar mensal acima de dez salários mínimos. 

Na pesquisa, o ecstasy aparece como a segunda droga ilícita mais usada, depois da maconha (a cocaína vem em terceiro).

No dia seguinte à publicação da pesquisa, o jornal escreveu um editorial onde questiona a eficácia da política de repressão defendida pela ONU e por tantos governos do mundo. Chega perto de defender a descriminalização.

O Globo mandou muito bem: mais luz, menos obscurantismo. É o único caminho.


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Amor, Sexo, Drogas e Outros Assuntos Tensos no RPG

Eu li um post no Pensotopia e pensei em responder com um comentário, porém ia ficar muito grande então resolvi criar um post resposta.

No post original é comentado como o amor e sexo afeta o RPG e lembrei de várias aventuras onde mestrei que envolviam esse tema e gostaria de comentar esses casos e minha visão sobre o assunto. Mas não deixem de ler o post original que vale muito a pena! =)

Silverleaf Halfmoon e Layala

Um amigo meu jogou em uma campanha, que eu mestrei, com um elfo mago,  guerreiro de tendência justa. Bom, ele era justo, pelo menos até ele se apaixonar pela ladra Layala. Por muito tempo ele tentou mudar em vão a natureza da humana gatuna mas acabou desistindo e quem mudou de tendência foi ele. Ele teve filhos com ela, inclusive um que virou rei ao se casar com a filha do antigo rei.

Gan e Kaelin

Eu em uma campanha mestrada por um amigo meu também tive um personagem que se apaixonou. Gan era um mago humano e ela uma elfa sacerdotiza. Nosso relacionamento começou complicado pois meu personagem tinha problemas em controlar a magia e quase a matou quando se conheceram (ooops).
Mas com o tempo as coisas se ajeitara, e o relacionamento andou. Apesar de Zortan, um velho amigo de Gan e sacerdote do grupo, também ser apaixonado por Kaelin o que render uma relação complicada entre os três até Zortan se apaixonar novamente por uma humana.
No fim, Gan teve um filho com a elfa.

Zortan

Não me recordo direito o nome da humana por quem ele se apaixonou mas foi ela a responsavel por ter tirado Zortan da obcessão pela Kaelyn. O relacionamento dos dois também foi complicado, ela era rica e importante na politica, ele um sacerdote sem posses. Ela era neutra, ele era justo. Mas pelo que lembro, acabou dando certo boa parte do tempo.

Interpretação:

Cada grupo é de um jeito, agora eu estou mestrando para dois grupos. Um é formado de casais e ter relacionamentos complica, pois é bem provável rolar ciúmes (por mais que seja virtual), a menos que ocorra um romance entre os personagens dos jogadores, não envolva npcs e não envolva o relacionamento de um PJ com o de outro PJ de outro casal (óbvio). Resumindo, aqui o Silvio diria que é amizade e não namoro.

No outro grupo é mais fácil pois a maior parte do grupo é homens e suas esposas não jogam. Outro dia um elfo foi para um prostíbulo e rolou um romance ali no bordel com uma das prostitutas. A prostituta acostumada com humanos e orcs não resistiu ao charme do elfo, ela até chegou a deixar o trabalho por se apaixonar pelo elfo e querer ter o filho dele (ela engravidou após uma rolagem de dados).

Sexo:

Sempre vou levando a aventura até onde o clima do jogo permite, claro que não irei narrar no mínimos detalhes uma cena de sexo. Mas o suficiente para o jogador saber como foi, e também o suficiente para ele não ficar constrangido (e ninguém da mesa). O mestre tem que ser muito sensível para não abusar da narração, afinal o jogo deve divertir a todos.

Outras Situações Tensas:


Todos já tiveram um amigo, irmão, pai, parente mortos. Geralmente o mestre nem é tão descritivo, esse tipo de coisa é comum e as vezes faz um personagem normal ter motivação para virar um herói. Mas as vezes vou mais longe.

Um personagem de um amigo meu, que virou um guerreiro do deus da Justiça, teve como motivação a ira que ele tinha do pai. Quando criança, cena narrada na 1a aventura, ele sabia que seu pai batia tanto nele quanto na irmã. Sua mãe era morta e seu pai um bêbado. Porém ao voltar um dia da cidade para casa, presenciou o pai estuprando sua irmã e num ataque de ira ele quase matou seu próprio pai, e só não o fez porque foi impedido por um NPC. Percebi que pela frieza do pai do PJ, e pela riqueza de detalhes, que o jogador ficou desconfortável mas numa quantia suficiente para ele entender o drama e se agarrar na raiva ao pai para seguir seu deus.

Outra situação aconteceu na última sessão. Minha mesa teve wipe pois todos foram capturados por um halfing psicopata, eles criaram novos chars e começaram a jogar 5 anos depois. Depois de algumas aventuras, eles se encontraram com o mesmo halfling e acabaram se encontrando com a única sobrevivente do antigo grupo, uma elfa que durante 5 anos foi torturada, fisica e psicologicamente de todas as formas imagináveis. Fiquei preocupado em narrar isso já que foi uma personagem do grupo, mas por outro lado o personagem vilão não poderia ter agido de forma menos horrível e virou uma oportunidade única de fazer os personagens novos entenderem com quem estavam lidando, sem misturar a raiva dos jogadores com o desconhecimento dos novos chars. Agora, tanto jogadores quanto os novos chars tem mais raiva ainda dele e jamais tive um vilão tão odiado.

Usar fobias, medo e coisas assim contra os jogadores deve ser feito com cuidado, mas quando bem feito, gera personagens únicos, motivações sem igual. E quando os jogadores vencem esses desafios, a satisfação vai bem além do XP ^^

Drogas:

Como citei acima, usei um pai bêbado. Mas não foi a única vez que as drogas e alcool tiveram presentes no jogo de RPG onde joguei. Jogando Trevas com amigos meus, interpretei um personagem que fumava um cigarro no final do anterior, eu não fumo mas meu personagem era uma chaminé.

Em outra situação, um personagem do jogador era um orc alcolatra e o vício dele foi levado para o humor. Até que souberam a origem do problema dele, que era ligado ao trauma de ter perdido um amigo.

Conclusão:

Usar elementos assim de vez enquando, tornam as aventuras extremamente mais reais e os personagens mais interessantes. Claro que o exagero vira um conto de Nelson Rodrigues e não é o que queremos, tem que usar na medida certa. E o Mestre nunca pode se negar a desistir de algo caso sinta que houve muito constrangimento dos jogadores, afinal errar é humano mas persistir é burrice.

Então use, mas use com sabedoria porque não é fácil, mas quem disse que ser Mestre é fácil? ^^



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Ficha Sobre o LSD

O LSD, também chamado de ácido, pills, cones ou trips é uma droga com acção alucinogénia ou psicadélica. A dietilamida do ácido lisérgico é sintetizada clandestinamente a partir da cravagem de um fungo do centeio (Claviceps purpúrea).

Pode apresentar a forma de barras, cápsulas, tiras de gelatina, micropontos ou folhas de papel secante (como selos ou autocolantes), sendo que uma dose média é de 50 a 75 microgramas. É consumido por via oral, absorção sub-lingual, injectada ou inalada.

Esta substância age sobre os sistemas neurotransmissores seratononérgicos e dopaminérgicos. Para além disso, inibe a actividade dos neurónios do rafe (importantes a nível visual e sensorial).

Não são conhecidas utilizações terapêuticas desta substância.

Origem

O LSD (ácido lisérgico dietilamida) foi sintetizado por Albert Hoffman em 1937, mas só em 1953 é que foram descobertos os seus efeitos alucinogéneos. Este químico alemão estava a trabalhar num laboratório suíço na síntese dos derivados do ácido lisérgico, uma substância que impede o sangramento excessivo após o parto. A descoberta dos efeitos do LSD verificou-se quando Hoffman ingeriu, de forma não intencional, um pouco desta substância e se viu obrigado a interromper o seu trabalho devido aos sintomas alucinatórios que estava a sentir.

Inicialmente, foi utilizado como recurso psicoterapêutico e para tratamento de alcoolismo e disfunções sexuais. Com o movimento hippie começa a ser utilizado de forma recreativa e provoca grande agitação nos Estados Unidos. O consumo do LSD difunde-se nos meios universitários norte-americanos, grupos de música pop, ambientes literários, etc. Lucy in the Sky with Diamonds, uma das mais conhecidas músicas dos Beatles, é uma alusão ao LSD.

Recentemente verificou-se um ligeiro aumento do consumo de LSD, provavelmente como resultado da influência do revivalismo dos anos 70.

Efeitos

Os efeitos variam consoante a personalidade do sujeito, o contexto (ambiente) e a qualidade do produto, podendo ser agradáveis ou muito desagradáveis. O LSD pode provocar ilusões, alucinações (auditivas e visuais), grande sensibilidade sensorial (cores mais brilhantes, percepção de sons imperceptíveis), sinestesias, experiências místicas, flashbacks, paranóia, alteração da noção temporal e espacial, confusão, pensamento desordenado, baforadas delirantes podendo conduzir a actos auto-agressivos (suicídio) e hetero-agressivos, despersonalização, perda do controlo emocional, sentimento de bem-estar, experiências de êxtase, euforia alternada com angústia, pânico, ansiedade, depressão, dificuldade de concentração, perturbações da memória, psicose por “má viagem”. Poderão ainda ocorrer náuseas, dilatação das pupilas, aumento da pressão arterial e do ritmo cardíaco, debilidade corporal, sonolência, aumento da temperatura corporal.

Estes efeitos duram entre 8 a 12 horas e aparecem cerca de 30/40 minutos após o consumo.

Riscos

Não existem provas das consequências físicas do consumo de LSD; apenas se conhecem as relacionadas com problemas psicológicos, como a depressão, ansiedade, psicose, etc.

O consumo do LSD poderá provocar a alteração total da percepção da realidade.

O flashback ou revivescência é o principal perigo do consumo. Nestas situações, o indivíduo volta a experimentar a vivência tida com a droga, sem que para tal tenha de a consumir de novo. Estes flashbacks podem ocorrer semanas após a ingestão da substância.

Em mulheres grávidas pode induzir a contracção das fibras do músculo uterino.

Há riscos de sobredosagem dada a percentagem muito variável de pureza do produto. É desaconselhável o consumo não acompanhado/isolado devido a riscos de distracção perceptiva.

Quando misturado com produtos do tipo anfetaminas torna-se mais perigoso.

Não consumir em caso de problemas de saúde mental, depressão ou crises de ansiedade.

Tolerância e Dependência

Parece existir tolerância, no entanto os estudos divergem. A tolerância desaparece rapidamente após alguns dias de abstinência. Pode criar dependência psicológica mas não cria dependência física.



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Trabalho preventivo sobre drogas - Problema seu, meu, nosso


Consumir drogas ou não é uma questão de opção – uma opção que deve ser feita com conhecimento de causa.

No entanto, há demasiadas pessoas no mundo que estão mal informadas sobre os efeitos potencialmente devastadores das drogas.

Milhões de pessoas, no mundo inteiro, são diretamente afetadas pelo problema da droga: aqueles que a consomem e as suas famílias.

A sua vida é abalada, perdem a saúde, interrompem os estudos ou perdem o emprego, provocam a ruptura da sua família.

Os toxicodependentes, bem como os seus familiares e amigos, precisam de saber que há uma saída para o problema da droga e que é possível obter ajuda, sob diferentes formas, em função das necessidades e da situação de cada um.

É por esta razão que necessitamos trabalhar em prol de uma educação melhor e de uma maior sensibilização, a fim de prevenir o abuso de drogas.

A dependência química é uma doença crônica, caracterizada por comportamentos impulsivos e recorrentes de utilização de uma determinada substância para obter a sensação de bem-estar e de prazer, aliviando sensações desconfortáveis como ansiedade, tensões, medos, entre outras. E se apresenta sob duas formas: a dependência física e psicológica da substância.

A dependência física é caracterizada pela presença de sintomas físicos extremamente desagradáveis que surgem quando o indivíduo interrompe ou diminui de forma abrupta o uso da droga, o que constitui na síndrome de abstinência.

Quanto à dependência psicológica, as principais características compreendem um intenso estado de mal estar psíquico, levado por sintomas de ansiedade, depressão, dificuldades de concentração, entre outros, a partir do momento em que o indivíduo pára de ingerir a droga na freqüência e quantidade habituais.

Nesse caso, o dependente tem a sensação de ser incapaz de realizar qualquer atividade cotidiana sem o consumo da droga, mesmo que não tenha nenhum sintoma físico característico da abstinência.

Tratamento:

A internação é parte do tratamento, e não uma única estratégia. Ela é utilizada com o objetivo de desintoxicar o indivíduo, e não implica na cura da dependência química.Após o período de internação (quando necessária), o acompanhamento continuado é a estratégia mais indicada nos quadros de dependência química.

Dessa forma, o tratamento multidisciplinar permitirá ao indivíduo lidar com os sintomas de abstinência, que poderão estar mais amenos.

O tratamento psicológico da dependência química visa mostrar ao paciente que ele possui em si próprio meios de enfrentamento de situações desconfortáveis sem a utilização de drogas. Como já foi dito, os aspectos psicosociais exercem um papel muito importante na manutenção da doença, pois passados os sintomas de abstinência, são eles que permanecem.

Assim, o acompanhamento de um psicólogo é de extrema relevância para o tratamento da dependência química, pois mais importante do que a abstenção das substâncias que causaram a dependência, é manter o indivíduo afastado das drogas, que será um desafio constante na vida do paciente.

Necessitamos de uma orientação mais sistemática por parte dos governos.

Precisamos levar as pessoas a compreenderem que as drogas são ilegais porque são um problema; não são um problema por serem ilegais.





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